Brasil: Economia vive "momento crítico"

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O Brasil vive um “momento crítico” e a sua economia deverá retrair-se 3,1 % neste ano e 1,2% em 2016, segundo o relatório Síntese Económica, da

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O Brasil vive um “momento crítico” e a sua economia deverá retrair-se 3,1 % neste ano e 1,2% em 2016, segundo o relatório Síntese Económica, da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico), divulgado esta quarta-feira.

A organização também estima que a inflação no Brasil termine o ano em 9,4% (acima do teto da meta do Governo, de 6,5%), mas prevê que a taxa caia para 4,9% em 2016. No relatório defende-se que o país ajuste as contas públicas para recuperar a confiança do mercado.

A OCDE também apontou como desafios para o Brasil a situação fiscal e o envelhecimento da população e recomendou a reforma do sistema previdenciário.

“Reformas estruturais ambiciosas são urgentemente necessárias para diminuir as lacunas de produtividade com outras economias emergentes, assegurando, ao mesmo tempo, que todos os brasileiros possam compartilhar os frutos da prosperidade”, disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, citado pelo portal de notícias G1.

Gurría está em visita oficial de três dias ao Brasil desde terça-feira. A Síntese Económica, da OCDE, defende que o país direcione os benefícios sociais aos menos favorecidos, e não àqueles que se juntaram com sucesso à classe média, e invista no aumento da produtividade.

O secretário-geral da OCDE participou hoje, em Brasília, no lançamento do relatório e de um documento de Revisão da Política Ambiental, ao lado dos ministros brasileiros da Fazenda (Economia), Joaquim Levy, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Na noite de terça-feira, Gurría esteve na apresentação de uma agenda de trabalho comum da OCDE com o Brasil para 2016 e 2017, com foco na integração mais dinâmica do país ao comércio mundial, no crescimento inclusivo e sustentável, na criação de empregos, na qualificação de trabalhadores e na melhoria de programas sociais, divulgou o Governo brasileiro.

A OCDE tem sede em Paris e possui 34 países membros, entre eles Alemanha, Canadá, Chile, Estados Unidos, Japão, Israel e Turquia. O Brasil é considerado um “parceiro-chave” da entidade.

Gurría também esteve, na terça-feira, num seminário no Tribunal de Contas da União do país, um órgão acessório ao Legislativo, onde renovou um contrato de cooperação técnica. O secretário-geral da OCDE defendeu que o debate sobre a gestão do Governo é essencial para dar eficiência às políticas públicas e recuperar a confiança.

“No Brasil e em outros países da OCDE, os cidadãos desconfiam dos governos, especialmente da maneira como eles lidam com o legado da crise econômica global. Todos os países estão com muita pressão sobre as finanças públicas, enquanto os cidadãos têm expectativas sobre a prestação dos serviços públicos”, disse, citado pela Agência Brasil.

Gurría disse também que há provas de como as fraudes em adjudicações podem aumentar o preço dos contratos em 20% ou mais. No Brasil, as licitações públicas representam pouco mais de um quarto das despesas totais do Governo.

(LUSA)

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