WISE 2015: A Educação como motor do crescimento e da solidariedade

WISE 2015: A Educação como motor do crescimento e da solidariedade
De  Euronews
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que a ONU apresenta na Agenda 2030, e o papel que a Educação pode desempenhar para os alcançar – foi o

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que a ONU apresenta na Agenda 2030, e o papel que a Educação pode desempenhar para os alcançar – foi o tema central da edição deste ano da WISE, Cimeira Mundial da Inovação na Educação, em Doha, no Qatar.

Temos de dar prioridade ao financiamento da educação no âmbito do trabalho humanitário.

A presidente da Fundação do Qatar, Sheikha Mozah bint Nasser, declarou que “os objetivos de desenvolvimento são quase uma miragem na região do Médio Oriente e Norte de África, onde as coisas parecem estar a recuar, onde as escolas são transformadas em cemitérios, e os estudantes e professores, em refugiados.”

Há mais de 60 milhões de raparigas em todo o mundo sem acesso à escola. A primeira-dama americana, Michelle Obama, apelou à mudança nas tradições que relegam a educação das mulheres para segundo plano. “Eu quero dizer a todos os homens que estão aqui hoje: nós precisamos de vocês. Sim, como pais, como maridos, simplesmente como seres humanos. Esta luta também é vossa”, afirmou.

Mais de 1500 especialistas em pedagogia, professores e estudantes debateram formas de tornar o setor educativo mais sustentável, respeitando o princípio basilar da qualidade do ensino. Segundo Márcio Barbosa, diretor executivo da Education Above All, “o conceito de ‘qualidade‘´ainda não é muito claro para toda a gente. Numa escola americana, ter qualidade pode significar ter mais um computador. Numa localidade remota, onde quase ninguém vai à escola, pode ser simplesmente ter um lápis. Demora algum tempo até conseguirmos dar as melhores ferramentas de que cada um necessita.”

Já Julia Gillard, antiga primeira-ministra australiana e presidente da Global Partnership for Education, sublinha que “se quisermos que as nossas crianças sejam criativas, que adquiram competências que lhes permitam ver-se como cidadãos globais, temos de combater a iliteracia e a inumeracia. Os objetivos não serão atingidos se as crianças não tiverem os conhecimentos básicos.”

A WISE dá voz a estudantes e especialistas que são chamados a debater métodos práticos de melhorar o ensino. “O meu grupo tem a tarefa de falar sobre a formação de professores. Acreditamos que, para conseguir uma educação melhor seja em que parte do mundo for, a mudança começa nos professores”, aponta Yvens Rumbold, da Fundação para o Conhecimento e Liberdade.

Foram abordadas igualmente questões como a crise dos refugiados e o impacto que esta produz na educação das crianças que fogem de cenários de conflito. Thomas Gass, do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais da ONU, considera que “temos de dar prioridade ao financiamento da educação no âmbito do trabalho humanitário. Mas isso não chega. Temos de ir à raiz dos problemas, temos de ajudar a resolver esta crise.”

Há quem lute precisamente por isso. O Prémio WISE deste ano foi atribuído a Sakena Yacoobi, fundadora do Instituto Afegão de Ensino, uma ONG que providencia educação e cuidados de saúde num Afeganistão destroçado pela guerra.

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