Croácia: legislativas com crise migratória e recessão económica em pano de fundo

Croácia: legislativas com crise migratória e recessão económica em pano de fundo
De  Nelson Pereira  com AP, REUTERS

A Croácia tem eleições legislativas este domingo, com crise migratória e recessão económica em pano de fundo. Os conservadores tentam regressar ao

A Croácia tem eleições legislativas este domingo, com crise migratória e recessão económica em pano de fundo.

Os conservadores tentam regressar ao poder depois de quatro anos de um governo de coligação centro-esquerda e seis anos de recessão.

A Coligação Patriótica, liderada pela União Democrática da Croácia (HDZ), aparecia nos últimos meses nas sondagens com uma vantagem confortável que recentemente perdeu, em relação à aliança no poder, a Croácia A Crescer, liderada pelos social-democratas (SDP) e pelo primeiro-ministro, Zoran Milanovic.

Segundo o analista político Andjelko Milardovic, a nomeação do próximo governo poderá ficar nas mãos dos pequenos partidos:

“As eleições não vão dar maioria absoluta a nenhum dos partidos e vai tudo depender de alianças pós-eleitorais. O partido vencedor terá uma vitória relativa”.

A economia croata é uma das mais pobres da União Europeia.
O desemprego alcançou em setembro 16,2% da população ativa e 43,1% dos jovens, enquanto a dívida pública atingiu quase 90% do PIB.

Ivana Petric, que habita em Zagreb, queixa-se da falta de perspectivas para os jovens:

“Acredito que a União Democrática da Croácia ganhe as eleições, mas pouco interessa quem vai ganhar, sei que nada vai mudar para melhor. Não há boas perspetivas para os jovens.”

Estas são as primeiras eleições parlamentares desde que a Croácia aderiu à União Europeia em 2013.

O partido vencedor, terá que enfrentar problemas económicos sérios, acrescidos do impacto no país da crise migratória. Desde meados de setembro, entraram na Croácia mais de 300 mil migrantes e refugiados.

Nas presidenciais de janeiro, venceu a candidata da União Democrática Croata, ex-ministra dos Negócios Estrangeiros, Kolinda Grabar-Kitarovic, com 50,74% dos votos.

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