A chanceler alemã Angela Merkel foi considerada a Personalidade do Ano pela revista americana Time. Entre os finalistas encontravam-se os nomes de
A chanceler alemã Angela Merkel foi considerada a Personalidade do Ano pela revista americana Time. Entre os finalistas encontravam-se os nomes de Donald Trump e de Abu Bakr al-Baghdadi, o líder do autoproclamado Estado Islâmico.
A diretora-adjunta da publicação, Radhika Jones, diz que Angela Merkel “merece esta distinção porque tem conduzido a Europa através das crises das dívidas soberanas. No entanto, este ano, foi sobretudo a forma como liderou a política europeia na questão dos refugiados e dos migrantes da Síria e de outras partes do mundo, porque foi um exemplo de liderança moral que a Time quis destacar.”
Na Alemanha, os eleitores da chanceler ficaram contentes com a honraria. “É ótimo. Eu votei nela e penso que é boa a forma como ela se consegue impor num mundo de homens e como defende os seus interesses políticos por todo o mundo” – diz um residente de Berlim.
Nas ruas de Atenas as opiniões não poderiam ser mais divergentes. Afinal, a política de austeridade imposta pela Alemanha à Grécia, em troca do terceiro resgate financeiro dos últimos anos, é bastante mal vista: “Merkel pode ser a mulher do ano na Europa e no resto do mundo, mas para o nosso país foi um desastre este ano. Não creio que seja uma pessoa que possamos prezar” – afirma uma funcionária pública que certamente desconhece que a Time elege a personalidade que mais marcou o ano findo, pelas melhores ou pelas piores razões.