Os grupos da oposição síria estão prontos a apoiar uma transição política no país, mas sem Bashar Al-Assad. Os representantes de mais de uma
Os grupos da oposição síria estão prontos a apoiar uma transição política no país, mas sem Bashar Al-Assad.
Os representantes de mais de uma centena de grupos rebeldes chegaram a um acordo em Riade, na Arábia Saudita, para retomar as negociações de paz com o regime, ao final de uma reunião de dois dias.
Uma comissão de 32 membros deverá acompanhar as negociações, constituída por responsáveis da oposição e um terço de representantes de grupos armados da chamada “oposição moderada”.
No comunicado final da reunião, os grupos exigem gestos concretos do regime, prévios ao processo de transição, como a libertação de prisioneiros, o fim das operações em zonas sitiadas, o envio de ajuda humanitária, o regresso dos refugiados e o fim dos bombardeamentos de zonas civis pela aviação do regime.
Para o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, John Kirby:
“É um passo importante para permitir que as negociações políticas com o regime possam começar no início de Janeiro. Este passo era imprescindível para podermos avançar”.
O acordo entre “rebeldes”, que exclui o grupo Estado Islâmico e os combatentes próximos da Al-Qaida, prevê a saída de cena de Bashar Al-Assad antes do início do processo de transição. Uma ligeira mudança na posição dos opositores que exigiam até hoje a partida do presidente sírio como condição para discutir a transição.
Os representantes da comunidade internacional tinham acordado em Outubro, em Viena, um texto que prevê a formação de um governo transitório sírio até junho, seguido de eleições, um ano depois.
Uma reunião internacional em Genebra deverá discutir esta sexta-feira o novo acordo, antes de um novo ponto de encontro, na ONU, em Nova Iorque, dentro de uma semana.