O líder conservador Mariano Rajoy renunciou a formar, de momento, um novo governo em Espanha, abrindo a via aos socialistas e à esquerda radical para
O líder conservador Mariano Rajoy renunciou a formar, de momento, um novo governo em Espanha, abrindo a via aos socialistas e à esquerda radical para tentarem, por seu turno, obter uma coligação.
Após o encontro com o rei Felipe VI, Rajoy explicou que a decisão foi tomada devido à existência de “uma maioria absoluta” contra a sua nomeação como chefe do executivo, que reúne “pelo menos 180 deputados”, dos 350 que constituem o Parlamento espanhol, numa referência aos partidos que manifestaram intenção de votar contra a sua investidura.
O líder do Partido Popular disse, no entanto, que mantém “a candidatura para o posto” de primeiro-ministro, apesar de “ainda não ter os apoios necessários para formar governo”. Rajoy diz que não os tem, porque na manhã desta sexta-feira “foi avançada uma proposta [de outros partidos], que já reúne mais apoios” do que a sua e que também conta “com menos oposição”.
O rei deverá iniciar uma nova ronda de consultas com os partidos na próxima quarta-feira, antes de designar outro candidato para a formação do executivo. O mais provável será o jovem líder socialista, Pedro Sánchez, já que o PSOE foi a segunda formação mais votada nas legislativas.
O líder da esquerda radical antiausteridade Podemos surpreendeu esta sexta-feira ao propôr um governo conduzido por Sánchez e que conte com ele, Pablo Iglesias, como “número dois” do executivo.
Rajoy espera para ver e continua a defender uma grande coligação com o PSOE e os liberais do Ciudadanos.