Suécia e Finlândia vão expulsar até 100 mil migrantes

Suécia e Finlândia vão expulsar até 100 mil migrantes
De  Patricia Cardoso com REUTERS, LUSA
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A Suécia pretende expulsar entre 60 e 80 mil pessoas que pediram asilo no país no ano passado, o que representa 45% do número total de pedidos

A Suécia pretende expulsar entre 60 e 80 mil pessoas que pediram asilo no país no ano passado, o que representa 45% do número total de pedidos.

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O governo considera que as autoridades da imigração enfrentam um grande desafio e explica que vão usar a força se as pessoas não partirem de forma voluntária.

Mas o ministro do Interior, Anders Ygeman, recusa usar a palavra deportação. Adianta: “As pessoas que viram os pedidos de asilo recusados devem regressar ao país de origem”.

Em 2015, Estocolmo recebeu 163 mil pedidos de asilo. O governo adianta que os refugiados da guerra na Síria terão prioridade a permanecer no país.

Darbaz Chomani, curdo iraquiano, não acredita que seja verdade. “Eles dizem até 80 mil pessoas enviadas para os países de origem. Mas que países? Não sabemos. Penso que é só conversa”.

Um outro refugiado iraquiano afirma: “Deixámos o nosso país para vir para a Europa, a terra dos direitos humanos, dos direitos das mulheres e das crianças. A decisão do governo sueco não nos ajuda”.

No ano passado, a Suécia expulsou 13 mil pessoas. Apenas três mil foram expulsas pela força.

Face ao fluxo migratório, o país repôs os controlos e a identificação nas fronteiras.

O anúncio de Estocolmo acontece alguns dias após o esfaqueamento mortal de uma jovem funcionária de um centro de acolhimento para refugiados menores. Um incidente que acentuou os receios da população e fez recuar a popularidade do executivo.

A Finlândia calcula também as eventuais expulsões. Helsínquia fala de 20 mil das 32 mil pessoas que pediram asilo no ano passado.

O ministério finlandês do Interior revelou também que 4 mil pessoas já retiraram os pedidos de asilo.

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