A descoberta de uma peça da cauda de um avião, ao largo de Moçambique, relança a investigação sobre o desaparecimento do aparelho da companhia
A descoberta de uma peça da cauda de um avião, ao largo de Moçambique, relança a investigação sobre o desaparecimento do aparelho da companhia Malasya Airlines em 2014.
A peça, pertencente a um Boeing 777, tinha sido descoberta há três dias por um advogado norte-americano, que investiga o caso por conta própria, ao largo de Vilanculos, no sul de Moçambique.
As autoridades moçambicanas mostram-se prudentes, lembrando que a descoberta ocorreu numa zona onde se registaram vários acidentes aéreos.
O objeto, que poderá tratar-se de um estabilizador horizontal da cauda de um avião, vai ser enviado para a Austrália, país que lidera a investigação ao aparelho desaparecido.
Para o ministro dos Transportes Australiano, Darren Chester:
“O nosso papel é o de continuar as buscas na área sul do oceano, mas quando se encontra uma peça como esta é importante que seja devidamente analisada. As buscas continuam, já pesquisámos cerca de 85 mil quilómetros quadrados de uma área de buscas de 120 mil quilómetros quadrados”.
A prudência do ministro australiano contrasta com as declarações do seu homólogo na Malásia, Liow Tiong Lai, que evoca uma “alta probabilidade” de que o destroço pertença ao avião desaparecido.
Based on early reports, high possibility debris found in Mozambique belongs to a B777. (1/3)
— Liow Tiong Lai (@liowtionglai) March 2, 2016
“Estamos prontos a discutir os detalhes para recuperar este objeto, por isso queremos examinar esta peça o mais rapidamente possível e estamos a trabalhar nesse sentido juntamente com a Austrália”, sublinhou Liow Tiong Lai.
O voo 370 da Malásia Airlines tinha desaparecido misteriosamente dos radares há quase dois anos, no dia 8 de Março, com 239 pessoas a bordo.
A única peça do avião identificada até hoje tinha sido descoberta em Julho do ano passado, na ilha francesa da Reunião, a 2100 quilómetros das costas de Moçambique.