É mais uma noite fria em Idomeni, onde madeira e cartões ajudam a aquecer. No ponto de distribuição de comida, há tensão. A maior parte das crianças
É mais uma noite fria em Idomeni, onde madeira e cartões ajudam a aquecer.
No ponto de distribuição de comida, há tensão. A maior parte das crianças quer mais.
Aafke Zuidervliet, uma voluntária vinda de Amesterdão, de 37 anos, deixou o trabalho nos países baixos e veio para Idomeni ajudar: “Há uma enorme necessidade aqui e as pessoas sofrem. Ficam presas na fronteira e eu queria mesmo fazer alguma coisa por elas. Está frio e é bom ter comida quente, alguns vegetais e batatas.”
O tempo faz a vida aqui muito difícil.
Apocalyptic scenes in #Idomeni as the rain pours since hours. #Refugees dig trenchs around their tents in dark night pic.twitter.com/81WDbUMplV
— julia druelle (@juliadruelle) March 9, 2016
Indícios de um antigo lar perdem-se no aglomerado de pessoas, na desorientação de uma espera infinda. Um violino vindo da Síria… o gato da filha de um refugiado. O objectivo é chegar com o animal a Estocolmo, onde há mais família à espera desde 2013.
No centro do campo, homens discutem o encerramento de fronteiras. Ali vem de Damasco e lidera a discussão. Fala com a Euronews acerca do desespero dos refugiados: “Voltar para a Síria? Claro que não. Não podemos voltar para a Turquia. O que podemos fazer? Não sei. Talvez tentemos passar as fronteiras pacificamente. Se pudermos…”
Apostolos Staikos, jornalista da Euronews em Idomeni, na fronteira da Grécia com a Antiga República Jugoslava da Macedónia, relata: “Podem estar presos nas fronteiras com a Síria, mas os refugiados farão o que for preciso para chegar à Europa do Norte. Mesmo que alguns países ergam barreiras para os deter, a maioria defende que não há caminho de regresso”.