Documentos do Panamá: Amigos de Putin ou testas de ferro?

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De  Euronews com Expresso, Lusa, Reuters
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O nome do chefe de Estado russo não aparece nos ficheiros do caso dos “Documentos do Panamá”, o maior caso de fuga de informação ligado a empresas

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O nome do chefe de Estado russo não aparece nos ficheiros do caso dos “Documentos do Panamá”, o maior caso de fuga de informação ligado a empresas “offshore. Entre os rostos expostos estão, no entanto, vários amigos de Vladimir Putin apontados como prováveis testas de ferro do antigo agente do KGB.

A forte amizade com Sergey Roldugin terá nascido no final de década de 70, na cidade que hoje é conhecida como São Petersburgo. É este homem que acaba por vir a conhecido como um dos maiores violoncelistas do mundo que apresenta a Putin a sua primeira mulher, Ludmila, e é escolhido para padrinho da filha mais velha.

Além de Roldugin, os documentos apontam para outros homens próximos de Putin: Arkady Rotenberg, um amigo de infância que se tornou multimilionário e Yuri Kovalchuk, um banqueiro russo. Homens que alem da amizade a Putin têm outra característica em comum uma ligação ao banco Rossiya, com sede em São Petersburgo. Uma instituição que terá utilizado os serviços da Mossack Fonseca – uma firma de advogados com sede no Panamá com representação em mais de 40 países – para criar empresas em paraísos fiscais.

As sociedades ligadas a Roldugin eram geridas por uma empresa que agia em nome do Banco Rossiya. Estas empresas, por sua vez, recebiam empréstimos do Banco Comercial Russo e emprestavam esse dinheiro, a juros mais altos, a outras empresas offshore.

Outro banco ligado ao caso é o Banco Comercial Russo, no Chipre, subsidiário do banco estatal russo VTB.

De acordo com os documentos divulgados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação Sergei Roldugin terá desviado mais de dois mil milhões de dólares com a ajuda de bancos e sociedades fictícias.

A pista leva o dinheiro até uma estação de esqui onde a filha de Putin se casou, em 2013. Coincidência ou não, em 2011, a empresa Sandalwood empresta 10 milhões de dólares, a uma outra empresa offshore pertencente ao amigo de Putin, Kovalchuk que detém a referida estância de esqui.

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