México acusado de obstruir investigação ao desaparecimento de 43 estudantes

México acusado de obstruir investigação ao desaparecimento de 43 estudantes
De  Marco Lemos com reuters, afp, guardian, público, euronews
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Um relatório com 600 páginas, da comissão internacional de Direitos do Homem, que investigou o caso, acusa o governo mexicano de ter "dificultado" o inquérito e denuncia "atos de tortura" infligidos a

Mais de um ano e meio depois, permanece a incógnita sobre o destino de 42 dos 43 estudantes mexicanos que desapareceram após uma manifestação reprimida violentamente em Iguala, cerca de 170 km a sul da Cidade do México.

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Um relatório com 600 páginas, da comissão internacional de Direitos do Homem, que investigou o caso, acusa o governo mexicano de ter “dificultado” o inquérito e denuncia “atos de tortura” infligidos a 17 suspeitos que estão presos e que os peritos foram impedidos de entrevistar.

O Procurador-Geral da República prefere recordar que o caso dos estudantes de “Iguala representa a investigação penal mais exaustiva da história da justiça mexicana (…) Os familiares dos estudantes e o Governo da República estão do mesmo lado e trabalham pelo mesmo objetivo: saber o que aconteceu aos jovens e castigar cada um dos responsáveis”, referiu Eber Betanzos.

Até agora, apenas os restos mortais de um estudante foram encontrados e identificados.

A versão oficial afirma que nessa fatídica noite de 26 para 27 de setembro de 2014, o autocarro em que seguiam os estudantes foi atacado por polícias corruptos que os entregaram a um cartel de droga, que os terá morto e incinerado. O relatório afirma que não há indícios da incineração de tanta gente e aponta a possibilidade de os estudantes terem inadvertidamente desviado um autocarro que serviria para transportar heroína. O mistério prossegue.

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