O Bangladesh executou esta terça-feira o líder do maior partido islâmico do país, condenado à morte por crimes de guerra cometidos em 1971 durante a
O Bangladesh executou esta terça-feira o líder do maior partido islâmico do país, condenado à morte por crimes de guerra cometidos em 1971 durante a guerra de independência do país com o Paquistão.
Motiur Rahman Nizami, líder do partido Jamaat-e-Islami, foi enforcado pouco antes da meia-noite local (19.00 em Lisboa) numa prisão da capital, Daca.
Nizami chefiava desde 2000 o Jamaat e foi ministro do governo apoiado pelos islâmicos entre 2001 e 2006.
Segundo a justiça bengalesa, era um dos principais instigadores da milícia islâmica pró-paquistanesa Al Badr, que assassinou médicos, intelectuais e jornalistas durante a guerra da independência em 1971.
Há receios de que esta execução possa originar reações violentas, até porque 86,6% da população é muçulmana.
Recentes assassínios de ativistas laicos e intelectuais foram atribuídos a militantes islâmicos.
Quando em 2013 foram condenados responsáveis do partido Jamaat-e-Islami por crimes de guerra, a sentença originou uma vaga de violência no país. Confrontos dos islamistas com a polícia resultaram na morte de cerca de 500 pessoas e milhares foram presas.