A jornalista de investigação azerbaijanesa, Khadija Ismailova, foi libertada da prisão, esta quarta-feira, onde se encontrava a cumprir uma pena de sete anos e meio por acusações que incluíam peculato
A jornalista de investigação azerbaijanesa, Khadija Ismailova, foi libertada da prisão, esta quarta-feira, onde se encontrava a cumprir uma pena de sete anos e meio por acusações que incluíam peculato, atividades comerciais ilegais e fraude fiscal.
O Ocidente condenou a prisão da jornalista que considerou como um atentado à liberdade de imprensa.
Ismailova afirma que vai lutar para limpar o seu nome.
“Vou, naturalmente, mais longe, ao Tribunal Europeu e vou lutar até que seja considerada inocente de todas as acusações. Vou responsabilizar o governo do Azerbaijão por me manter um ano e meio na prisão e por me manter longe do meu trabalho, longe da minha família, dos meus alunos”, afirma.
A jornalista expôs vários casos de corrupção envolvendo a elite daquele país do Cáucaso.
No início de maio recebeu o prémio Guillermo Cano da Liberdade de Imprensa da Unesco.
Para o representante regional da Human Rights Watch, Giorgi Gogia considera que a “a libertação de Khadija e a de mais de uma dúzia de outros ativistas é o primeiro passo mas isso não significa que seja suficiente. O governo tem de fazer muito mais. Tem de libertar outros e permitir que trabalhem livremente no país.”
A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa apelou, há meses, às autoridades azerbaijanesas para libertarem Ismailova e outros jornalistas detidos.
Em março, o Azerbaijão indultou 148 presos, incluindo jornalistas, ativistas de direitos humanos e opositores políticos. Muitos permanecem atrás das grades.
Journalist
Khadija_Ismayil</a> has been freed, but her conviction's still yet to be overturned. <a href="https://t.co/PQ5uPF6CnF">https://t.co/PQ5uPF6CnF</a> <a href="https://t.co/gnNm3Juoe2">pic.twitter.com/gnNm3Juoe2</a></p>— AmnestyInternational (
amnesty) May 25, 2016