Na Venezuela continuam os protestos contra o governo liderado por Nicolas Maduro.
Na Venezuela continuam os protestos contra o governo liderado por Nicolas Maduro.
É muito triste ver o filho de alguém a passar fome
Por entre a falta generalizada de alimentos e a taxa de inflação mais elevada do mundo, muitos venezuelanos querem a realização de um referendo para afastar o presidente socialista.
Este protesto, em Caracas, contou com a presença do líder da oposição Henrique Capriles.
Nas ruas, a fome já é uma realidade. Em Caracas o jornalista da euronews recolheu alguns testemunhos: o que é que deseja para os seus filhos?
“Uma Venezuela melhor. É por isso que estou aqui. Para salvar o país. É muito triste ver o filho de alguém a passar fome”, afirmou uma manifestante idosa não identificada.
“Os venezuelanos estão desesperados e com fome. Nunca pensei que chegaríamos a este ponto. Estamos aqui porque queremos resolver estes problemas. A repressão não é importante. Só queremos que isto acabe, não por nós, mas pelas nossas crianças. Há muitos anos que o nosso futuro está comprometido”, adiantou um jovem residente de Caracas que participou no protesto.
A polícia respondeu aos manifestantes com recurso à violência.
A oposição pretende a realização de eleições ainda este ano. Se Maduro perder o referendo e afastar-se do governo terão lugar novas eleições presidenciais. No entanto, se Maduro sair apenas em 2017, será substituído pelo vice-presidente assegurando assim a continuidade do movimento iniciado pelo anterior presidente Hugo Chavez.
A partir da capital venezuelana, o jornalista da euronews Alberto de Filippis afirma:
“No início estavam aqui apenas algumas dezenas de militantes. Depressa se tornaram milhares a gritarem “Maduro vai para casa”. No final, o protesto foi dispersado pela polícia com recurso a gás lacrimogéneo”.