O ministro das Finanças britânico avisa que uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia poderá obrigar o governo de David Cameron a implementar um orçamento de Estado de emergência com medidas
O ministro das Finanças britânico avisa que uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia poderá obrigar o governo de David Cameron a implementar um orçamento de Estado de emergência com medidas de austeridade. Objetivo: fazer face a um “buraco” de 30 mil milhões de libras (38 mil milhões de euros) a ser aberto pelo agora famoso “Brexit”.
Remaining in EU will create 44k+ jobs in South West – leaving would risk 45k. Don't risk it. Vote Remain on 23 June pic.twitter.com/ufvzFOulDF
— George Osborne (@George_Osborne) 14 de junho de 2016
(Permanecer na UE vai gerar mais 44 mil postos de trabalho no sudoeste. Sair põe em risco 45 mil.
Não arrisque. Vote pela permanência a 23 de junho.)
O orçamento de emergência referido por George Osborne inclui aumento de impostos e cortes na despesa pública, que podem afetar o sistema nacional de saúde, o sector da educação, a polícia e os transportes. No entanto, pelo menos 57 deputados do partido conservador, a força no poder, já admitiram bloquear as referidas medidas de austeridade.
O referendo sobre o “Brexit” — a eventual saída do Reino Unido da União Europeia — vai a votos na quinta-feira, 23 de junho. O partido no poder está dividido, mas o governo tem feito campanha pela continuidade britânica no bloco económico europeu.
Academic review shows Treasury wildly exaggerating impact of Leaving EU. Mr. Osborne's claims not credible. https://t.co/Ht2P8If5L8
— Nigel Farage (@Nigel_Farage) 15 de junho de 2016
(Estudos académicos mostram que o Tesouro está largamente a exagerar no impacto de uma saída da UE.
Os argumentos do sr. Osborne não são credíveis.)
As últimas sondagens revelam equilíbrio entre a saída e a permanência, mas em algumas das mais recentes o “Brexit” está a ganhar ascendente. A forte participação esperada de eleitores mais velhos, cansados das imposições de Bruxelas, os recentes casos de terrorismo e a crise de migrantes e refugiados que tem o Reino Unido como um dos destinos preferenciais poderão estar a contribuir para esta subida estimada do “sim” à saída da UE.
A perspetiva de abandono britânica do bloco europeu está a levar alguns investidores europeus a apostar na compra, por exemplo, de ouro, uma alternativa segura no mundo dos negócios face à perspetiva de desvalorização da libra esterlina e do imobiliário britânico.
O banco de investimento Doldman Sachs admite que “a probabilidade do ‘brexit’ é alta” e, a confirmar-se, poderá levar de imediato a grandes quedas nos mercados mundiais .
Britain appears to be on course to leave the EU as 4 new polls back #Brexit decision https://t.co/H07uAWErs0https://t.co/LE2mCqdlNy
— Bloomberg (@business) 14 de junho de 2016
(O Reino Unido parece estar em rota para deixar a UE pelo que mostram novas sondagens.)