Turbulência à vista para as companhias aéreas britânicas, devido ao “Brexit”.
Turbulência à vista para as companhias aéreas britânicas, devido ao “Brexit”.
A companhia de baixo custo EasyJet deixa um alerta sobre os seus resultados na segunda metade do ano, o que fez afundar os títulos na bolsa de Londres pela segunda sessão consecutiva.
A empresa alerta que o resultado do referendo vai criar incerteza na economia e junto dos consumidores e que isso se vai refletir nas vendas no segundo semestre. A transportadora estima que as receitas recuem pelo menos 5%, face ao mesmo período do ano passado.
A IAG, casa mãe da British Airways e de Iberia, baixou também as suas previsões financeiras.
Logo após o referendo, a Ryanair alertou para um eventual aumento das tarifas, devido a aplicação de taxas suplementares.
Para alguns analistas é o fim dos tempos de abundância para as companhias aéreas britânicas.
What Does British Exit From the #EU Mean for #Airlines? #Brexit#Openskies#Aviationhttps://t.co/TpYDQriacK
— Andrew Ian (@aii6) 24 de junho de 2016
Até agora, as companhias britânicas beneficiaram do Céu Único Europeu para se impôr no mercado europeu, sobretudo, ao nível das viagens de baixo custo graças à abertura de novas ligações. Mas o acesso ao mercado único europeu da aviação terá de ser renegociado devido ao “Brexit”.
A EasyJet é uma das companhias que já escreveu às autoridades britânicas e europeias a pedir que o Reino Unido possa manter-se no Céu Único Europeu.
#EasyJet Calls For Single #EU#Aviation#Markethttps://t.co/2HcmnsQGh3#UK#referendum#brexit#airlines#businesspic.twitter.com/wQ2mM0Pgn4
— BMR Express (@BMRExpress) 24 de junho de 2016
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) está preocupada.
A organização considera que o tráfego de passageiros britânicos pode recuar entre 3 e 5% até 2020, devido à desaceleração económica e à desvalorização da libra. Isso vai afetar o crescimento do setor.
O crescimento do volume de passageiros pode recuar até 1,5% por ano a curto prazo, diz a IATA.
#IATA on #Brexit: 3-5% Reduction in Passengers, Fate of EU/US Open Skies Agreements TBDhttps://t.co/gwlGDWIpeA
— Daniel Stecher (@StechAir) 26 de junho de 2016