Desde a praça do Marquês de Pombal até ao Rossio, ouviu-se "Grândola, Vila Morena" e gritos de ordem contra o fascismo.
Milhares de portugueses saíram às ruas de Lisboa na quinta-feira para assinalar os 50 anos do 25 de Abril, a data que ficou para a história como o fim da ditadura e a entrada do país para a democracia.
O habitual desfile desde o Marquês de Pombal até ao Rossio arrancou com uma manifestação da extrema-direita. Um tema que não é indiferente aos portugueses, sobretudo depois de o Chega ter eleito 50 deputados nas eleições legislativas de março.
"O 25 de Abril é um dos momentos mais importantes da nossa história. Mas este ano tem ainda mais significado, ainda mais importância", diz uma jovem à Euronews.
Ao lado, outra jovem concretiza: "Tendo em conta a nova vaga da extrema-direita na Europa. Mesmo nós, com as eleições de março, e agora com 50 deputados de extrema direita, portanto faz todo o sentido celebrarmos não só os 50 anos, mas o que ainda está por fazer".
Ao som de "Grândola, Vila Morena", com cravos na mão, o dia ficou marcado por palavras de ordem de liberdade e contra os fascistas que ameaçam os direitos conquistados na Revolução de Abril.