Guerra de Palavras no Parlamento Europeu

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De  Nara Madeira
Guerra de Palavras no Parlamento Europeu

Foi, de facto, uma manhã marcada pela polémica em Bruxelas. Uma sessão extraordinária do Parlamento Europeu sobre o Brexit, onde vários eurodeputados atacaram o Reino Unido e, em particular, os defensores da saída do país da União Europeia:

“o que é difícil de aceitar, para mim e para os líderes dos outros grupos e para toda a gente aqui, é a forma como tudo aconteceu. Uma campanha, absolutamente, negativa. Os cartazes do senhor Farage a mostrar refugiados como na propaganda nazi que ele copiou”, defendeu Guy Verhofstadt, eurodeputado belga do grupo dos Democratas e Liberais.

Os ânimos exaltaram-se mais ainda quando Nigel Farage lançou acusações mais fortes aos eurodeputados:

“É engraçado… Quando vim aqui, há 17 anos, e disse que queria liderar uma campanha para que a Grã-Bretanha saísse da União Europeia vocês riram-se de mim. Bem, tenho de dizer que agora já não se estão a rir, estão?

Eu sei que, virtualmente, praticamente, nenhum de vós fez, alguma vez, um bom trabalho nas vossas vidas… Ou trabalhou… Ou geriu um negócio… Ou trabalhou no comércio… Ou criou postos de trabalho”, afirmou Farage.

Coube a Juncker responder, à sua maneira:

“Gostei muito de ouvir o senhor Farage, de discutir consigo. Temos um sentido de humor similar, você e eu. Só lamento que seja a última vez que discutimos, porque não vai regressar.”

Não regressa e está, virtualmente, “no desemprego”, Farage e os outros funcionários britânicos da UE.

Documento, em inglês, sobre as consequências do Brexit, emitido pelo Parlamento Europeu

À direita, sentada, Maria João Rodrigues, eurodeputada portuguesa do grupo dos Socialistas e Democratas