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O poder da imagem: Crianças cheias de pó, cheias de sangue e cheias da guerra

O poder da imagem: Crianças cheias de pó, cheias de sangue e cheias da guerra
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De  Patricia Tavares
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De uma guerra para outra, são as fotografias que contam, sem palavras, as atrocidades e os horrores dos conflitos.

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De uma guerra para outra, são as fotografias que contam, sem palavras, as atrocidades e os horrores dos conflitos.

Algumas são tão fortes que chamam a atenção para um determinado conflito, pelo menos enquanto a onda de choque se mantém. É o caso da fotografia de Omrane, uma criança de Alepo, que se transformou no rosto da guerra na Síria. Um menino sentado numa ambulância, cheio de pó, cheio de sangue e cheio da guerra.

Antes de Omrane, houve outra imagem chocante que agitou consciências: a do pequeno Aylan, também ele vítima da guerra na Síria – morreu afogado numa praia em Bodrum, na Turquia.

O editora do jornal turco que publicou a foto diz que o objetivo era mesmo provocar o choque: “Ao utilizar esta imagem, pretendemos sensibilizar as pessoas para a crise dos refugiados na Síria, no Iraque e para a crise dos refugiados em geral. Para que tenha um rosto humano. E até pretendíamos a revisão das políticas de imigração, por parte dos países. Queríamos chocar o público, porque aquela imagem também nos chocou.”

As imagens de Muhammad al-Durrah, um rapaz palestiniano de 12 anos, também deram a volta ao mundo. Em setembro de 2000, estava em Gaza com o pai, durante a Segunda Intifada. Foram apanhados num fogo cruzado entre os soldados israelitas e as forças de segurança palestinianas. Muhammad morreu nos braços do pai. Inicialmente, Israel assumiu a responsabilidade, mas declinou as culpas em 2007.

Os olhos de uma menina afegã num campo de refugiados do Paquistão, são a imagem que vale mais que mil palavras. Estávamos em junho de 1985. Sharbat Gula tinha acabado de perder os pais num bombardeamento.

Em março de 1993, no Sudão, a imagem de uma criança desnutrida, deitada no chão, com um abutre atrás, foi a metáfora dolorosa e perfeita de uma das maiores catástrofes humanitárias do século XX. A criança sobreviveu à fome, mas o fotógrafo, Kevin Carter, não aguentou a pressão e suicidou-se pouco depois.

A Guerra do Vietname eternizou outra imagem icónica: “A menina de Naplam”. Uma menina de 9 anos, nua e queimada com gasolina, numa estrada entre o Vietname e o Camboja. A imagem mostrou as consequências diretas da guerra, na população civil.

As crianças que sobrevivem aos conflitos armados sofrem com as sequelas físicas e psicológicas durante muito tempo, algumas durante toda a vida.
Estas fotografias eternizam o sofrimento infantil e revelam-se na memória da humanidade.

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