Começam negociações de paz históricas na Birmânia

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De  Rodrigo Barbosa com AFP / EFE / Reuters
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Aung San Suu Kyi prometeu transformar a Birmânia num Estado federal, depois de concluído um acordo de paz com os rebeldes das diferentes etnias do país.

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Aung San Suu Kyi prometeu transformar a Birmânia num Estado federal, depois de concluído um acordo de paz com os rebeldes das diferentes etnias do país.

A promessa da prémio Nobel da Paz foi feita na abertura de negociações inéditas, encetadas esta quarta-feira com o objetivo de virar a página sobre décadas de conflito armado.

Suu Kyi frisou que “é uma oportunidade única para realizar uma grande tarefa que representará um marco histórico. É preciso agarrar esta oportunidade magnífica, com sabedoria, coragem e perseverança, para criar um futuro repleto de luz”.

A abertura das negociações de paz decorreu na presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, que evocou um encontro histórico, num país em plena transição democrática.

O chefe do Exército birmanês garantiu, por seu lado, que as forças armadas estão comprometidas com o objetivo de obter a paz e apelou aos grupos rebeldes recalcitrantes para se sentarem à mesa das negociações e subscreverem o futuro acordo. Min Aung Hlaing sublinhou que chegou o momento de “pôr fim de forma definitiva […] aos impactos negativos das guerras que têm resultado na falta de paz no país”.

A Birmânia é palco de conflitos étnicos desde a independência do império britânico, em 1948, com muitas minorias a recorrer às armas para tentar obter uma maior autonomia face a um governo que as ignorava.

Dezassete grupos rebeldes participaram na abertura das negociações, mas alguns grupos importantes estão ausentes, não tendo sido convidados por não terem ainda aceitado depor as armas.

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