O auto empossado governo "huthi" respinsabiliza a coligação liderada pela Arábia saudita, mas a aliança árabe nega qualquer envolvimento neste bombardeamento.
Um ataque aéreo na capital do Iémen provocou este sábado “mais de 140 mortos” e pelo menos 525 feridos, adiantou o gabinete local de coordenação humanitária das Nações Unidas (OCHA Yemen), citando fontes médicas oficiais em Sanaa. O número de vítimas torna este num dos mais graves ataques dos 20 meses de conflito civil naquele país.
Shock and outrage. Humanitarian Coordinator #Yemen condemns horrific attack on funeral #Sanaa. 140 killed and 525+ injured so far. pic.twitter.com/42Rx1TqlR0
— OCHA Yemen (@OCHAYemen) 8 de outubro de 2016
A agência de notícias local, a Saba News, colocou entretanto o balanço nos 450 mortos, citando informação veiculada pelo subsecretário do ministro da Saúde do auto empossado governo “huthi”, Abdulsalam al-Madani. O jornal Yemen Post relata pelo menos quatro passagens dos aviões agressores pelo local.
#Breaking VIDEO: Watch 2nd of 4 Saudi airstrikes that attacked funeral hall in #Yemen capital #Sanaa today killing/injuring 700+ civilians. pic.twitter.com/T5pFxmMmm0
— Yemen Post Newspaper (@YemenPostNews) 8 de outubro de 2016
O alvo do ataque foi o funeral do pai do ministro do Interior “huthi” Jalal al-Roweishan. Uma multidão de pessoas, incluindo diversas personalidades locais e militares, participava nas cerimónias fúnebres.
O ministro da Saúde em funções no regime “huthi”, Ghazi Ismail, responsabilizou a coligação liderada pela Arábia Saudita, que tem vindo a operar no Iémen, na tentativa de devolver o poder ao Presidente Mansour Hadi, deposto em março do ano passado pelos rebeldes xiitas “huthis”, que contam com o apoio do Irão.
A coligação árabe negou, no entanto, qualquer envolvimento neste ataque e garante que “no passado evitou este tipo de ajuntamentos”, os quais “nunca foram colocados como alvo.”
Coalition spokesperson Maj. Gen. Asiri comments to
Arab_News</a> regarding <a href="https://twitter.com/hashtag/Yemen?src=hash">#Yemen</a> funeral strike <a href="https://t.co/2wKZlT9zQW">https://t.co/2wKZlT9zQW</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Saudi?src=hash">#Saudi</a></p>— Arab News (
Arab_News) 8 de outubro de 2016
“A coligação a par das notícias (que a colocam como responsável) e está certa de que é possível que outras causas para este bombardeamento devem ser consideradas”, referiu o major general Ahmed Asiri, porta-voz da aliança liderada pelos sauditas, citado pela agência Arab News.
Uma testemunha identificada como Salim Hadwan contou que “os aviões atacaram duas vezes enquanto decorria o velório” e, embora desconhecesse o número de vítimas garantia haver “muitos mortos.”
#Breaking Day of MASSACRES: 405 civilians killed & 320 injured in #Yemen today by Saudi airstrikes & missiles attacking capital #Sanaa now. pic.twitter.com/fzzecFV5BB
— Yemen Post Newspaper (@YemenPostNews) 8 de outubro de 2016
We're mobilizing to support health facilities deal with the influx of dead and wounded. 300 body bags & medical supplies on the way #Sana'a
— ICRC Yemen (@ICRC_ye) 8 de outubro de 2016
All parties must respect #humanrights law and #IHL, protect civilians and civilian infrastructures #Sanaa#Yemen#Yemencrisispic.twitter.com/UfEZnzOdwE
— OCHA Yemen (@OCHAYemen) 8 de outubro de 2016
UNICEF has just sent 2 trucks of emergency medical supplies to #Sanaa hospitals coping with victims of the attack on the funeral hall today.
— UNICEF Yemen (@UNICEF_Yemen) 8 de outubro de 2016