Matteo Renzi foi duro com países como a Hungria, num discurso no parlamento italiano.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, apontou o dedo aos países que se recusam a receber refugiados e diz que esses países deveriam receber menos dinheiro da União Europeia.
É fundamental que a Itália promova uma posição dura em relação a países que fazem parte da União Europeia e receberam muito dinheiro (...) e, ao mesmo tempo, se afastam dos compromissos com a distribuição de migrantes.
Primeiro-ministro italiano
A Itália é a porta de entrada de muitos dos migrantes que atravessam o Mediterrâneo para chegar à Europa. A ilha de Lampedusa é o principal ponto de chegada.
“É fundamental que a Itália promova uma posição dura em relação a países que fazem parte da União Europeia e receberam muito dinheiro pelo facto de serem membros, receberam fundos para desenvolverem os seus territórios e, ao mesmo tempo, se afastam dos compromissos com a distribuição de migrantes”, disse o chefe do governo, no parlamento italiano.
A encabeçar a lista dos países que se recusam a cumprir as normas está a Hungria, que depois de ter erguido um muro de arame farpado nas fronteiras organizou um referendo à proposta de impor quotas de refugiados aos vários países da União.
Neste momento, a Itália acolhe 160 mil candidatos ao asilo, de cerca de 460 mil que chegaram às costas italianas desde o início de 2014.