COP22: Um roteiro para aplicação do Acordo de Paris

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As mudanças climáticas têm impactos diretos sobre os recursos naturais, os ecossistemas e as sociedades.

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As mudanças climáticas têm impactos diretos sobre os recursos naturais, os ecossistemas e as sociedades. O setor da água está entre os mais afetados como demonstram as observações e as projeções dos cientistas.

O Dia da Ação para a Água, criado no âmbito da agenda de ação climática globa,l foi organizado pela primeira vez na história da COP. É um dia em que se pretende chamar a atenção para o setor da água e para as soluções a adotar para a aplicação do Acordo de Paris.

A água é fundamental para a segurança alimentar, a saúde humana, a produção de energia, a produtividade industrial e a biodiversidade. Garantir a segurança e o acesso à água significa garantir a segurança da sobrevivência em todos os domínios.

Dogan Altinbilek vice-presidente do Conselho Mundial para a Água fala das prioridades:
“Nós promovemos a temática da água no mundo inteiro e fomos responsáveis – após cinco anos de trabalho – por transformar a água num direito humano no quadro das Nações Unidas. A prioriadade é para os 780 milhões de pessoas que na Ásia ou em África, nas regiões remotas, não têm acesso à água nem para consumo nem para a higiene. Pessoas que ganham menos de 1 dólar por dia”.

O presidente honorário do mesmo conselho, acrescenta:
“É a primeira vez na história das COP que falamos da água e que a água tem um papel relevante. Ou seja, vamos falar bastante ao longo de 15 dias sobre a forma de encontrar soluções e medidas concretas para ajudar os países mais pobres e encontrar soluções que lhes permitam adaptar-se às mudanças”.

Outra grande temática da COP são as energias renováveis e as reduções de emissões de carbono. As experiências dos países do MENA (Mediterrâneo e Norte de África), assim como da América Latina e das Caraíbas estiveram no centro de um debate organizado pelo Conselho para as Relações entre o Mundo Árabe, América Latina e Caraíbas – o CARLAC, em colaboração com o think thank OCP Policy Center, a Universidade do Maryland, nos Estados Unidos; a Fundação Getúlio Vargas, do Brasil e o Ministério do Território e do Ambiente do Qatar.

Nathan Hultman, diretor do Departamento do Desenvolvimento Sustentável da Universidade do Maryland e ex-conselheiro do presidente Obama para as questões ambientais, elogia projetos concretos de diversos países:
“Há uma enorme implantação de energia solar e eólica em Marrocos, há também uma implantação massiva de energias renováveis na América Latina e particularmente no Brasil, no México e em mais alguns países. Isto tudo mostra o que os países podem fazer não só ao nível regional mas ao nível global, quando se empenham e identificam o que podem fazer com os seus recursos nacionais”.

Mohamed Dekkak, membro fundador e responsável financeiro do CARLAC explica: “Esta conferência realçou os pontos comuns de todos os projetos que foram desenvolvidos no mundo árabe e na América Latina ao nível das energias renováveis; esta conferência falou também dos obstáculos em termos de legislação e ao nível do financiamento de projetos nestas duas regiões do mundo.”

Ao mesmo tempo que se debatem ideias e projetos , a primeira semana da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima em Marraquexe tenta, sobretudo, criar um roteiro para a aplicação do Acordo de Paris, para os próximos meses e os próximos anos.

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