Itália: Julgamento de traficante de migrantes abalado por dúvidas sobre identidade do réu

Itália: Julgamento de traficante de migrantes abalado por dúvidas sobre identidade do réu
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O homem que está a ser julgado em Itália como o maior traficante de migrantes da Europa poderá não ser o suspeito procurado pela polícia.

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O homem que está a ser julgado em Itália como o maior traficante de migrantes da Europa poderá não ser o suspeito procurado pela polícia.

O advogado do indivíduo evocou as dúvidas sobre a identidade do réu durante uma nova audiência do julgamento em Palermo, na Sicília.

Segundo o jornal The Guardian, o verdadeiro traficante, natural da Eritreia, teria indicado na sua conta Facebook que se encontra a monte.

Para o advogado de Defesa, Michele Calantropo:

“A acusação baseia os argumentos na consulta do telemóvel que foi confiscado ao meu clinte, pois fez uma chamada para um número utilizado pelos traficantes. O meu cliente nunca negou ter ligado para este número. Qualquer pessoa que perceba os procedimentos dos migrantes, sabe que os membros da família e os amigos têm o número dos traficantes para ligar-lhes para garantir que o migrante continua vivo”.

O advogado sublinha ainda, “Temos testemunhas e documentos que provam que a pessoa que está a ser julgada não é Medhane Yehdego Mered, mas uma pobre criatura, Medhanie Tesfamariam Berhe, que é um refugiado como todos os outros”.

O julgamento na Sicília foi entretanto suspenso por uma semana para analisar as novas provas.

O homem no banco dos réus, que seria apenas mais um refugiado, é acusado de ter organizado o transporte de migrantes que terminou com um naufrágio, em 2013, que provocou centenas de mortes.

As dúvidas sobre a sua identidade põem em causa a atuação das autoridades britânicas, a justiça italiana e a polícia sudanesa, que permitiram a extradição do suspeito para Itália em Junho.

Até agora, durante o julgamento em Palermo, os procuradores não conseguiram apresentar qualquer testemunho contra o suspeito presente, nem clarificar como é que as fotografias do traficante não correspondem ao aspeto do homem atualmente sentado no banco dos réus.

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