Deixar Mossul, a difícil situação dos deslocados

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Mais de 100 mil pessoas fugiram de Mossul desde a ofensiva de 17 de outubro, quando o exército iraquiano tentou libertar a cidade das mãos do autoproclamado Estado…

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Mais de 100 mil pessoas fugiram de Mossul desde a ofensiva de 17 de outubro, quando o exército iraquiano tentou libertar a cidade das mãos do autoproclamado Estado Islâmico.

Os números foram avançados pela ACNUR, Agência da ONU para Refugiados.

Com a chegada do inverno, os deslocados enfrentam condições difíceis nos campos de acolhimento.

Ao de Al-Khazir, a este de Mossul, chegaram perto de 8 mil famílias só no último mês.

A eletricidade está disponível apenas quatro horas por dia.
Muitos queixam-se do frio e da falta de ajuda.

Ahmed Khulauif Mohammed, de 49 anos, vive com a mulher e os quatro filhos numa tenda onde, diz, não há gás para se aquecerem: “Estamos a sofrer com a falta de gás. É inverno. O gás é a maior necessidade nesta altura, sobretudo aqui, nestas tendas. Há dois dias que chove e faz frio”.

Omar Marwan, de 29 anos, explica como é feita a distribuição de comida: “Acabei de chegar ao campo. A organização distribui ajuda com cartões de refeição. Muitos deslocados, que chegaram antes, já receberam ajuda. Eles distribuem os alimentos de acordo com a última data no cartão”.

No campo de Qayyarah-Jadah, que acolhe cerca de 200 famílias, as rações são distribuidas uma vez por mês, pelo Programa Alimentar Mundial. As famílias dizem que é pouco.

“Dão comida para um mês e não chega. É suficiente para três ou quatro pessoas, mas não para as famílias grandes”, afirma o porta-voz da organização humanitária “Mercy Hands”.

Um deslocado diz: “Esta quantidade de comida não chega. Só dá para três pessoas. Não há gás e estamos no inverno. Uma botija de gás dá apenas para dois dias, não dá para todo o mês”.

A 22 de dezembro o exército iraquiano lançou com recurso a aviões quatro milhões de cartas com mensagens de conforto e solidariedade para todos os que ainda se encontram presos em Mossul.

A ONU estima que cerca de um milhão vive em áreas onde a assistência humanitária não consegue chegar.

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