O candidato de direita às presidenciais francesas rejeita ceder ao escândalo de empregos fictícios que abala a sua campanha.
O candidato de direita às presidenciais francesas rejeita ceder ao escândalo de empregos fictícios que abala a sua campanha.
Segundo uma sondagem publicada esta manhã, 69% dos franceses pensam que François Fillon deveria abandonar a corrida, embora 50% do eleitorado de direita continue a apoiar o ex-primeiro-ministro.
31% des Fr., 50% des sympathisants de Droite ¢re, 58% ceux @lesRepublicains favorables au maintien de la candidature @FrancoisFillonpic.twitter.com/KjNQ9lMwuk
— Harris Interactive (@harrisint_fr) February 2, 2017
O candidato continua, no entanto, a denunciar o que considera ser uma “campanha bem organizada” de calúnias”, tendo apelado aos militantes para que aguardem até ao final do inquérito em curso.
Ontem a cúpula da formação Les Republicains tinha renovado o seu apoio a Fillon, após uma reunião extraordinária em Paris.
As novas sondagens revelam, no entanto, uma queda acentuada da popularidade do conservador que, pela primeira vez, é dado como derrotado logo à primeira volta do escrutínio de maio.
Dentro do partido há quem defenda já a substituição do candidato:
“Penso que as primárias estão caducas face a este acontecimento imprevisível”, afirma um deputado conservador.
Um grupo de deputados pediu mesmo a Alain Juppé, o rival de Fillon nas primárias, que retome a candidatura às presidenciais.
Na origem do escândalo está o jornal francês Le Canard Enchaine, segundo o qual a mulher e os filhos de Fillon teriam recebido mais de 900 mil euros em salários durante 15 anos, enquanto assistentes parlamentares.
O canal público francês descobriu entretanto uma declaração da esposa de Fillon, datada de há dez anos, na qual Penelope garante nunca ter trabalhado no parlamento.