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Síria: O quotidiano numa Alepo em ruínas

Síria: O quotidiano numa Alepo em ruínas
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Um mês e meio após a queda dos bairros rebeldes da cidade de Alepo, na Síria, os que ficaram ou que regressaram vivem no meio dos escombros, com temperaturas invernais, sem água canalizada, sem eletri

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Um mês e meio após a queda dos bairros rebeldes da cidade de Alepo, na Síria, os que ficaram ou que regressaram vivem no meio dos escombros, com temperaturas invernais, sem água canalizada, sem eletricidade e quase sem alimentos. O bairro de Kalasa, na zona oriental da cidade é uma paisagem desoladora.

Antes da guerra cívil, Alepo era a cidade mais densamente povoada da Síria. Caída na posse dos rebeldes, a cidade e particularmente o bairro de Kalasa, foi bombardeado até ao controlo final pelo exército.

Al Mouassassi é uma rua estreita com apenas 100 metros de comprimento. Antes tinha comércios e casas revestidas a pedra, onde viviam sírios da classe média e média baixa. Eymad Batash é um dos residentes. Ele e a família estão entre os que voltaram em vez de partirem como refugiados. O pai, um militar na reforma, tinha construído a casa para os filhos nos anos 1980.

“O primeiro morteiro caiu no cemitério no início da guerra.As pessoas ficaram muito assustadas porque era a primeira vez que ouviam um morteiro. Muita gente partiu e nós seguimos uns dias depois. Partimos durante dois meses e depois regressámos e ficámos aqui até agora. Habituámo-nos a isto”, conta.

A irmã de Eymad, Heyam, fugiu das bombas do exército e do assédio dos rebeldes e refugiou-se com os filhos em Hamdaniyeh, um dos bairros ocidentais de Alepo, nas mãos do governo. Agora regressou e partilha duas divisões no rés-do-chão da casa com a filha e as netas:
“Usamos lenha para nos aquecermos e recebemos alguma ajuda. Recebemos pão todos os dias e vivemos assim. Espero que as nossas condições melhorem e que com a vontade de Deus ganhemos a guerra contra estes terroristas e o país volte a ser o que era antes”, afirma.

A família Batash diz que não tem posição política, mas defende o regime porque vários dos seus membros pertenceram ao exército. A adesão de um dos primos à causa rebelde criou tensões na família. Uma história comum a muitas famílias sírias separadas pela defesa dos dois lados desta guerra cívil que tem destruído o país.

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