Seis meses após os Jogos Olímpicos do Rio, as imagens recolhidas na Cidade Olímpica são desoladoras.
Seis meses após os Jogos Olímpicos do Rio, as imagens recolhidas na Cidade Olímpica são desoladoras.
Instalações ao abandono, restos de obras, lixo amontoado. Até o mítico Maracanã está a transformar-se numa ruína devido a atos de vandalismo e falta de fundos para a manutenção e para a eletricidade.
E o segundo maior conjunto de instalações olímpicas, o Deodoro, está fechado à espera de ser retomado por uma nova sociedade gestora.
Os cariocas não escondem a tristeza:
“É um desperdício. Foi investido muito dinheiro e não está a beneficiar a população”, afirma um cidadão.
Outro lamenta: “Tristeza, deceção… um país tão rico, mas um governo tão corrupto, é lamentável”.
De acordo com a Associated Press, os organizadores não sabem como vão conseguir pagar aos credores os 40 milhões de dólares que pediram para a construção das infraestruturas:
O que aconteceu foi a mudança de governo. Parcerias publico-privadas que não funcionaram, promessas que não aconteceram, mas que vão acontecer”, afirma, otimista, Patrícia Amorim, secretária para o Desporto da Perfeitura do Rio de Janeiro.
O aproveitamento das infraestruturas após os jogos é muitas vezes difícil. Muitas das instalações olímpicas dos Jogos de Atenas em 2004 estão também praticamente abandonadas ou são raramente utilizadas.