Batalha de Mossul oeste poderia deslocar mais 250 mil segundo a ONU

Batalha de Mossul oeste poderia deslocar mais 250 mil segundo a ONU
De  Euronews

As organizações humanitárias internacionais voltam a alertar para a situação das centenas de milhares de civis em Mossul, quando o exército iraquiano prossegue o avanço sobre a zona oeste da…

As organizações humanitárias internacionais voltam a alertar para a situação das centenas de milhares de civis em Mossul, quando o exército iraquiano prossegue o avanço sobre a zona oeste da cidade.

Segundo a ONU, a nova fase da ofensiva poderia provocar mais 250 mil deslocados, um número dez vezes superior ao número de lugares disponíveis atualmente nos campos de refugiados.

Segundo um militar, “assistimos a um êxodo de civis, sobretudo dos bairros de El Mamoune, Tel el Rayane e Tel el Romane, eles estão a ser retirados através de passagens seguras, longe da linha da frente”.

O exército iraquiano tinha ontem retomado o antigo aeroporto assim como uma base adjacente do grupo Estado Islâmico, na periferia sudoeste de Mossul.

Em paralelo, o primeiro-ministro iraquiano, Haidar Al-Abadi, tinha lançado um derradeiro ultimato aos combatentes para que, “deponham as armas e se rendam à justiça”.

A aviação norte-americana largou ontem vários folhetos sobre a cidade para pedir aos residentes que levantem bandeiras brancas quando se cruzem com as forças do governo.

Um habitante que conseguiu escapar, afirma:

“Eles utilizaram-nos como escudos humanos durante quatro longos meses, forçaram-nos a estar na linha da frente. Decidimos fugir e abandonar tudo o que tínhamos”.

Segundo a agência da ONU para os refugiados, as condições de vida dentro da zona sitiada estão a piorar de dia para dia com problemas como a escassez de alimentos, combustível e remédios.

A ONU calcula que cerca de 750 mil civis permaneçam ainda no oeste de Mossul, sem possibilidade de fuga, numa zona medieval e labiríntica onde a ofensiva se poderia prolongar por vários meses.

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