Trump e Merkel em Washington para falar de política, mas também de economia

Trump e Merkel em Washington para falar de política, mas também de economia
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As empresas alemãs nos Estados Unidos dão emprego a 240 mil cidadãos nacionais.

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Com Lusa

A chanceler alemã, Angela Merkel, reúne-se em Washington com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para um primeiro contacto que surge num momento de alívio para a Europa, depois dos resultados das eleições legislativas nos Países Baixos.

O encontro Merkel-Trump deveria ter acontecido no início da semana, mas foi adiado devido ao nevão que afetou a costa leste dos Estados Unidos.
Uma viagem num momento “pró-europeu”
O contratempo – que obrigou a chanceler a abandonar o avião em Berlim quando estava prestes a descolar – permite-lhe agora aterrar em Washington com um resultado pró-europeu, a expressão que Merkel usou para descrever a votação nas eleições legislativas holandesas.

A vitória do atual primeiro-ministro, Mark Rutte, nos Países Baixos, afasta – para já – o perigo de um Nexit – uma eventual versão holandesa do Brexit.

Trump, no entanto, manifestou o apoio, em várias à decisão do Reino Unido, que teria, na opinião do presidente dos EUA, feito bem em afastar-se da UE.

Trump encorajou ainda outros Estados membros da União a fazerem o mesmo.

As eleições holandesas também significaram a derrota do discurso xenófobo e ultradireita de Geert Wilders que, tal como Trump, atacou a política de acolhimento de refugiados da Alemanha.
Um encontro marcado pelas prioridades económicas
A líder da Alemanha – a maior economia da Zona Euro – chega também à reunião com Trump com a ideia de realçar o peso que a economia alemã tem para os Estados Unidos.

Merkel viaja na companhia de representantes de alguns dos principais grupos empresariais alemães e, segundo fontes governamentais, pretende deixar claro que recusará qualquer tipo de tratamento discriminatório para as empresas do seu país, algo que Trump admitiu a propósito da indústria automóvel.

Berlim considera mesmo que o peso da atividade das suas empresas na economia norte-americana pode ser, pelo contrário, um fator positivo nas relações bilaterais com a administração Trump.

As empresas alemãs nos Estados Unidos dão emprego a 240 mil americanos.
Política internacional também domina encontro
Em vésperas de cimeiras internacionais importantes – como a da NATO, a do G7 (em maio) e a do G20 (julho) – as novidades sobre as grandes linhas políticas das organizações internacionais deverão ficar reservados para os encontros propriamente ditos.

No entanto, os dois líderes poderão abordar o tema do futuro da NATO, especialmente depois de Trump ter criticado os parceiros europeus da Aliança por não pagaram o que deviam da segurança comum.

Também não se prevê que os dois líderes entrem em assuntos como a política migratória de Trump e o muro na fronteira com o México.

No plano internacional, deverá estar em cima da mesa a guerra na Síria e o conflito na Ucrânia, bem como a situação no Médio Oriente.

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