Greve geral ilimitada decretada pelos sindicatos

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De  Antonio Oliveira E Silva  com AFP, FRANCE TELEVISIONS
Greve geral ilimitada decretada pelos sindicatos

Com AFP e France Télévisions

Os sindicatos do departamento francês da Guiana, território com cerca de 250 mil habitantes situado a norte do Brasil, declararam uma greve geral ilimitada.

Os trabalhadores protestam contra o que dizem ser as más condições de vida naquele território francês situado na América do Sul.

O custo de vida é, segundo os manifestantes, demasiado elevado. A taxa de desemprego – agora nos 22% – é a mais elevada de todas as regiões francesas.


Há ainda o problema da criminalidade. No ano passado, foram assassinadas 46 pessoas, segundo dados oficiais. Em termos proporcionais, a Guiana é assim a região mais violenta de toda a República Francesa.

Ao elevado nível de pobreza junta-se a precariedade das insfraestrturuas. Cerca de 15% dos residentes não tem acesso a água potável.

Os protestos dos últimos dias na Guiana Francesa ficam marcados pelas intervenções do movimento social conhecido como Les 500 frères – os 500 Irmãos – que, vestidos de negro e encapuzados, invadiram encontros oficiais e participaram em manifestações e cortes de estradas.

O movimento dos 500 Irmãos chegou mesmo a impedir as atividades da Agência Espacial Europeia, ao bloquear uma estrada que leva ao centro do organismo.

A Guiana Francesa de relance

  • Departamento e região ultramarina francesa
  • Um órgão legislativo: Assembleia da Guiana
  • Cerca de 250 mil habitantes

  • Taxa de desemprego de* 22%*
  • Elevada taxa de criminalidade: 46 mortos em 2016
  • Cerca de 15% da população vive sem água potável

  • Uma das nove regiões ultraperiféricas da UE
  • A única das Guianas que não constitui um território independente
  • Situada a noroeste do estado Brasileiro do Amapá

Primeiro-ministro anuncia viagem de delegação ministerial

Esta segunda-feira, o primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve, anunciou, durante uma intervenção oficial, que uma delegação de ministros iria deslocar-se à Guiana “antes do fim desta semana.”

O primeiro-ministro insisitu, no entanto, no facto de ser necessário ser mantida “a ordem republicana” para que a viagem possa acontecer.


Bernard Cazeneuve disse ainda ser necessário encontrar soluções para a Guiana, nomeadamente através da assinatura do que chamou “um pacto de futuro” com os eleitos locais, “o mais brevemente possível.”