As imagens do ataque com armas químicas na cidade de Idlib, na Síria, têm corrido o mundo e provocado reações de revolta e incompreensão.
As imagens do ataque com armas químicas na cidade de Idlib, na Síria, têm corrido o mundo e provocado reações de revolta e incompreensão. A história de Yousef que perdeu os gémeos de nove meses, a esposa, os irmãos, os sobrinhos, os empregados… representa bem o horror e a desumanização deste conflito:
“Nós enterrámo-los. Eu trouxe o Ahmed e a Aya e enterrei-os com os meus irmãos. Enterrei os meus filhos com as minhas próprias mãos, a minha mulher e os meus irmãos..”.
“Eu costumava charmar-lhes loirinhos. Disse-lhes que nunca os abandonaria. Os meus amores, a minha Aya. Eles deviam estar a abraçar-me assim e a chamar-me…”
Yousef tem 29 anos é dono de uma loja. Em poucos minutos ficou sem a família, sem o vizinhos e sem parte dos seus empregados…
A Associated Press registou o testemunho e o relato de uma professora de 25 anos, Aya:
“peguei no meu filho e saí de casa com o meu marido. No caminho, um camião fez-nos parar e disseram-nos que havia muita gente morta. Saímos imediatamente do carro e dirigimo-nos ao camião. Vimos os nossos familiares, eram todos família, amigos, vizinhos. Nem acredito… meu Deus, as crianças.. Ammar, Aya, Mohammad, e Ahmed, amo-vos todos meus passarinhos… parecem passarinhos. A minha tia Sanaa, o meu tio Yasser, Abdel Kareem, por favor, ouçam-me. Olho para eles e estão mortos… Estão todos mortos. O meu aluno Ibrahim está desaparecido, não sabemos nada dele.”
O ataque matou dezenas de pessoas na terça-feira e deixou inúmeros residentes com problemas respitratórios e queimaduras nos hospitais.
As imagens refletem a dimensão da tragédia e fazem pensar noutro que, em 2013, matou centenas de outras vítimas de uma barbárie que se eterniza.