A Turquia do NÃO denuncia nas ruas uma vitória "roubada"

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De  Euronews
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Milhares de pessoas protestaram esta segunda-feira contra os resultados do referendo turco de domingo.

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Milhares de pessoas protestaram esta segunda-feira contra os resultados do referendo turco de domingo.

Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o presidente Tayyip Erdogan, por entre denúncias de fraude, quando a oposição exige a anulação do escrutínio.

Os protestos decorreram nas três principais cidades do país, Istambul, Ancara e Izmir, e em outras localidades onde o NÃO tinha sido maioritário.

Bakırköylüler herkesis "hayır"ına sahip çıkmaya çağırdı. Halk tencere tavalarla destek verdi #HileliSonucaHayırhttps://t.co/oaARZbxXHIpic.twitter.com/ZkFZeMHtiW

— sendika.org (@sendika_org) April 17, 2017

Bakırköy Özgürlük Meydanı #Hayır#BuReferandumdapic.twitter.com/zYpEvcRJBV

— Murat Orhan (@umutmuratorhan) April 17, 2017

Um manifestante afirma: “eu acredito que houve muitas irregularidades e incidentes ilegais. Ouvimos muitas informações e decidimos defender o nosso voto de ontem. Não vamos aceitar o “SIM” pois foi o “NÃO” que venceu”.

Outra manifestante afirma:

“Não quero ver o parlamento a perder poderes, quero um parlamento 100% eleito por nós, sem autocracia e sem ditadores”.

A reforma constitucional, aprovada ontem nas urnas, vai permitir o reforço dos poderes de Erdogan, num sistema presidencialista em que poderá governar por mais dois mandatos, até 2029.

A oposição tinha ontem denunciado irregularidades em mais de 2,5 milhões de boletins de voto, quando o SIM venceu o referendo por uma diferença de 1,3 milhões de votos.

As denúncias dos manifestantes e da oposição foram parcialmente confirmadas pelos observadores internacionais da OSCE que, num relatório preliminar, sublinham várias falhas no escrutínio, nomeadamente ao nível da desigualdade de meios entre o governo e a oposição durante a campanha.

Unlevel playing field in Turkey's constitutional referendum: preliminary conclusions by international observers https://t.co/VJ23jx5T1r

— OSCE (@OSCE) April 17, 2017

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