Os britânicos vão regressar às urnas quase um ano após terem aprovado, em referendo, a saída do país da União Europeia.
Os britânicos vão regressar às urnas quase um ano após terem aprovado, em referendo, a saída do país da União Europeia.
A primeira-ministra Theresa May anunciou, esta terça-feira, a convocação de eleições antecipadas para dia 8 de junho.
Uma decisão justificada pela responsável com a necessidade de reforçar a sua posição negocial nas discussões do “Brexit” com a União Europeia, que deverão prolongar-se por, pelo menos, dois anos.
Uma escolha que levanta várias questões, nas ruas de Londres, tanto sobre as consequências do voto como sobre as motivações da primeira-ministra.
Um residente de Londres, afirma:
“Penso que é uma boa decisão da parte dela. Mas penso também que vamos voltar a debater a questão do ‘Brexit’, o papel do parlamento e essas questões, pois o país vai voltar a exprimir-se sobre o tema”.
A convocação do sufrágio ocorre num momento em que quase metade dos britânicos (47%) aprova a gestão do dossiê por parte da primeira-ministra, segundo as sondagens.
“Penso que a decisão está relacionada com a debilidade da oposição neste momento e acho que não é uma boa notícia para o país o facto de não existir uma alternativa credível”, afirma outro londrino.
A decisão de May vai ser submetida esta quarta-feira ao parlamento, onde deverá ser aprovada, com o apoio da oposição dos Trabalhistas e dos Liberais-Democratas.
O início das negociações de Londres com a União Europeia está previsto para o dia 23 de maio, nos últimos dias de uma campanha eleitoral onde se deverá reabrir o debate do “Brexit”, mas também da independência da Escócia e da União do país.