UNICEF alerta: Há cinco vezes mais crianças migrantes a viajar sozinhas

UNICEF alerta: Há cinco vezes mais crianças migrantes a viajar sozinhas
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De  Francisco Marques
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Fundo das Nações Unidas para as crianças publica relatório ressaltando o agravamento do número de crainças em perigo nas vagas de migração oriundas de países em guerra ou palco de perseguições.

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O número de crianças refugiadas ou migrantes a viajarem sozinhas foi, no ano passado, cinco vezes superior ao registado em 2011. De acordo com o novo relatório do fundo das Nações Unidas (ONU) para as crianças (UNICEF) intitulado “Uma Criança é uma Criança: Proteger as crianças em movimento contra a violência, abusos e exploração”, no biénio 2015-2016 foram registadas em 80 países cerca de 300.000 crianças refugiadas ou migrantes a viajar sozinhas.

O relatório do UNICEF surge em forma de alerta e, a cerca de uma semana de uma nova cimeira do G-7, na Sicília, em Itália, reforça o apelo aos principais líderes mundiais para que adotem uma agenda de seis pontos proposta pelo organismo.

World leaders at G7 must commit to protecting migrant and refugee children. RT to stand with #ChildrenUprooted. #AChildIsAChildpic.twitter.com/yulI4calBY

— UNICEF (@UNICEF) 17 de maio de 2017

Agenda para a acção proposta pela UNICEF:

  1. Proteger as crianças refugiadas e migrantes da exploração e da violência, em especial as crianças não acompanhadas;
  2. Acabar com a detenção de crianças requerentes do estatuto de refugiada ou migrante;
  3. Manter as famílias juntas como a melhor forma de proteger as crianças e de lhes atribuir um estatuto legal;
  4. Manter a aprendizagem de todas as crianças refugiadas e migrantes e assegurar-lhes acesso a serviços de saúde e outros de qualidade;
  5. Pressionar para que sejam tomadas medidas para combater as causas subjacentes aos movimentos de refugiados e migrantes em larga escala;
  6. Promover medidas para combater a xenofobia, a discriminação e a marginalização em países de trânsito ou de destino.

Fonte: Relatório oficial da UNICEF (PDF)

La versione italiana del Media Handbook del Vertice #G7 di Taormina è disponibile online https://t.co/kyRoMhlY6ppic.twitter.com/c6easjxMd5

— G7 Italia 2017 (@G7Italy2017) 14 de maio de 2017

O diretor executivo adjunto da UNICEF para as crianças salientou ser possível perceber que, “pela experiência (do organismo) no terreno — no norte de África, na América Central, em partes da Ásia e da Europa, como a Itália, a Grécia ou a Bulgária — há muitas outras crianças em movimento não contabilizadas”. “Por isso, as 300.000 crianças que já representam cinco vezes mais (do que em 2010-2011) representam provavelmente apenas a ponta do icebergue”, avisa Justin Forsythe.

Deste novo relatório da UNICEF, ressalta ainda o número de 200.000 crianças não acompanhadas que pediram asilo em 80 países no biénio 2015-2016. Destas, 160.000 pediram asilo na Europa.

“As crianças não acompanhadas perfazem 92 por cento de todas as crianças que chegaram a Itália por mar em 2016”, lê-se no relatório, onde também se sublinha que “as crianças representam 28 por cento das vítimas de tráfico ao nível global.”

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