A reunião da OEA sobre a crise na Venezuela foi suspensa por falta de acordo sobre uma proposta de solução
Enquanto os apoiantes de Nicolas Maduro desfilavam em Caracas, em Washington a Organização dos Estados Americanos (OEA) suspendia a reunião preparatória da assembleia-geral a realizar sobre a crise na Venezuela, por falta de acordo sobre uma solução.
Em cima da mesa estavam duas propostas: uma de criação de uma delegação de quatro países para acompanhar as negociações entre o governo de Maduro e a oposição; outra que defende a não intervenção na crise.
Tal como o país, os estados do continente estão divididos. O embaixador da Nicarágua, Luis Alvarado Ramirez, por exemplo, pede “o fim das ações hostis e da linchagem política internacional do governo da república bolívariana da Venezuela”, enquanto a ministra colombiana dos Negócios Estrangeiros, Maria Angela Holguin, pede ao governo da Venezuela que “acabe com a repressão da população civil que protesta nas ruas, que preserve a vida das pessoas e a liberdade dos presos políticos”.
Entretanto, o governo de Maduro que tinha ameaçado abandonar a organização, confirmou que vai marcar presença na assembleia da OEA, prevista para 19 de junho, em Cacún, no México.
Em Caracas, nada mudou. Segundo fontes hospitalares, pelo menos 89 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre os opositores e a polícia, esta quarta-feira.