James Comey vai testemunhar perante a comissão de informação do senado norte-americano; o presidente Donald Trump não vai usar o seu poder executivo para impedi-lo.
O antigo diretor do FBI, James Comey, vai testemunhar, esta quinta-feira, 8 de junho, perante a comissão de informação do senado norte-americano e Donald Trump não vai impedi-lo.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, confirmou aos jornalistas:
“O poder do presidente para usar o privilégio executivo é muito claro, no entanto, para facilitar uma avaliação rápida e minunciosa dos factos solicitados pela comissão de investigação do senado, o presidente Trump não vai usar o privilégio executivo quanto ao testemunho de James Comey”.
O “privilégio executivo” dá ao presidente o poder de impedir o testemunho do ex-patrão dos serviços secretos, mas seria visto como uma “confissão” de culpa.
Segundo alguns media americanos, para além do caso das supostas ligações da campanha de Trump com a Rússia, o ex-diretor do FBI deverá ainda falar das conversas privadas com Donald Trump, onde o presidente lhe terá pedido que arquivasse a investigação sobre o seu primeiro conselheiro de segurança nacional, Michael Flynn.
James Comey foi despedido por Donald Trump no dia 9 de maio, após várias controvérsias e um quase braço-de-ferro entre os dois. Muitos analistas viram no seu afastamento uma fora de impedir a investigação sobre as ligações com a Rússia.