O presidente da Venezuela fala de "ataque terrorista" na base militar de Valência, no norte do país
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro caraterizou os acontecimentos deste domingo na base militar de Valência no norte do país, como um “ataque terrorista” e não uma tentativa de golpe militar.
Numa declaração na televisão pública, Maduro pediu a pena máxima para os envolvidos no incidente, no qual uma pessoa perdeu a vida e oito foram detidas.
“Peço a pena máxima para os envolvidos neste complô de ataque terrorista. A pena máxima e que não tenham nenhum benefício em nenhuma circunstância. Civis e desertores!”, afirmou.
Num vídeo nas redes sociais, um homem que se apresentava como oficial reivindicava uma “ação cívica e militar para restabelecer a ordem constitucional”.
O líder da oposição e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, acredita que muitos militares estão contra o governo:
“Não cremos que toda a família militar seja o que ouvimos das cúpulas militares, porque todos os venezuelanos ou uma imensa maioria dos venezuelanos estão a enfrentar os mesmos problemas”.
Este ataque surge no momento em que a assembleia constituinte, contestada pela oposição e por uma parte da comunidade internacional, inicia os trabalhos. A assembleia, que está dotada de plenos poderes e pode dissolver o parlamento, tem como missão principal reescrever a constituição chavista de 1999.