Imigração para o Reino Unido desacelera, uma quebra provavelmente influenciada pelo Brexit
A imigração para o Reino Unido desacelera, segundo estatísticas divulgadas esta quinta-feira pelas autoridades britânicas.
Uma quebra provavelmente influenciada pelo Brexit, pois estes dados já incluem o período pós-referendo à União Europeia.
A migração líquida diminuiu em 81 mil pessoas para um nível de 246 mil, nos 12 meses até ao final de março, o nível mais baixo três em anos.
Mais de metade desta queda foi causada pela saída de cidadãos da União Europeia e pela diminuição do número de entradas.
A maior queda diz respeito a cidadãos de oito países da Europa de Leste, incluindo a Polónia e a Hungria.
Quase 40 mil cidadãos de Leste deixaram o Reino Unido em 2016.
O governo britânico tem reiterado que pretende garantir os direitos dos cidadãos da União Europeia que moram no Reino Unido, particularmente importantes para setores da economia como a construção e o turismo.
Apesar disto, alguns dos cidadãos da União Europeia preferem deixar o país, em parte devido à queda da libra esterlina, que reduz o valor de salários.
Uma preocupação para as empresas britânicas, confrontadas com a inflação salarial e a incapacidade de preencher vagas com trabalhadores britânicos.
“Sem os 3 milhões de cidadãos da União Europeia que vivem aqui, o Reino Unido sofreria uma grave falta de mão-de-obra” e “Os sinais de que o país está a tornar-se um lugar menos atraente para viver e trabalhar são uma preocupação”, comentou o Institute of Directors a mais antiga câmara de comércio do Reino Unido.