Habitantes de Mandra, a oeste de Atenas, alertam para a necessidade de resolver a questão da falta de água para evitar problemas de saúde pública
Aumentou para 20 o número de mortos na Grécia. Seis dias depois das cheias que assolaram várias cidades nos arredores de Atenas duas pessoas continuam dadas como desaparecidas.
As operações de limpeza em Mandra e em Néa Peramos, a cerca de 50 quilómetros a oeste da capital já começaram, mas para os habitantes há problemas mais urgentes.
“A situação é dramática, mas o principal problema é a falta de água. Temos muito pouca água e se isto não se resolver poderemos vir a ter problemas de saúde” refere um residente de Mandra.
De acordo com o município de Mandra cerca de 2 mil casas e estabelecimentos ficaram destruídos.
Os peritos atribuíram esta catástrofe à urbanização incontrolada da região agrícola, que nos últimos anos se converteu numa zona semi-industrial. A ausência de controlos eficazes no setor da construção civil e do ordenamento do território, bem como, a desflorestação provocada pelos incêndios de verão continuam a ser problemas endémicos na Grécia.