Por um lado querem ajudar por outro estão cansados de uma crise sem fim num país também ele cheio de problemas.
Milhares de migrantes e refugiados permanecem na ilha grega de Samos à espera de dias melhores. Para os residentes os sentimentos são mistos. Por um lado sentem simpatia para com a sua causa, por outro sentem-se cansados, até porque austeridade é uma palavra que continua a fazer parte do vocabulário no país:
"Eles também são vítimas. Nós tentamos mostrar solidariedade mas a Grécia também está numa situação difícil. Mas o racismo não tem nada a ver com isto", diz um morador da ilha.
Se uma parte da população defende que se continue a ajudar. Outra sente medo:
"Nós passeávamos, corríamos, fazíamos tudo. Agora é impossível sair à noite, não podemos passear. Isto é normal?" - Pergunta outra moradora.
A situação nos campos de refugiados está tensa. Há conflitos entre diferentes grupos e a polícia é obrigada a intervir:
"Houve um conflito entre rapazes afegãos e sírios, eles estavam a lutar e a polícia prendeu alguns deles, é sempre o mesmo", desabafa um refugiado afegão.
A ilha de Samos, conhecido destino turístico da Grécia, é o segundo lugar onde chegou o maior número de refugiados desde o início desta crise sem precedentes, há dois anos.