A corrupção é um "vírus social" que deve ser combatido, disse o papa Francisco na capital do Peru, num encontro com as autoridades
Visita do Papa ao Peru marcada por críticas de Francisco às atividades mineiras que destroem a Amazónia e degradam as condições de vida das populações indígenas, à indiferença dos adultos ao sofrimento das crianças e à violência contra as mulheres.
No encontro com as autoridades, representantes da sociedade civil e corpo diplomático, no Palácio do Governo, o Papa atacou a corrupção: "um vírus social que tudo infecta" e que deve ser combatido, disse Francisco:
"Uma maior cultura da transparência entre entidades públicas, setor privado e sociedade civil, sem excluir as organizações eclesiásticas. Ninguém deve ficar alheio a este processo. A corrupção pode ser evitada e isso exige o compromisso de todos."
No encontro com quatro mil indígenas em Puerto Maldonado, no sudeste do Peru, uma região da Amazónia, Francisco sublinhou que a educação tem de criar "pontes" entre os povos, os Estados e também a Igreja Católica.
O Papa visitou um lar para crianças em risco, alertando para o sofrimento das crianças, a que muitos adultos ficam indiferentes.
O encontro de Puerto Maldonado prepara a assembleia especial do Sínodo dos Bispos para a região pan-amazónica, convocado pelo pontífice para outubro de 2019.