Os ministros da Administração Interna da União Europeia debateram a reforma da política de asilo, quinta-feira, em Sófia (capital da Bulgária), sendo que o sistema de quotas para acolher refugiados continua a ser muito polémico.
O sistema de quotas para relocalização de refugiados é um dos pontos mais espinhosos na corrente negociação para reformar a política de asilo na União Europeia.
Os ministros da Administração Interna debateram o tema, quinta-feira, em Sófia (capital da Bulgária), que é o Estado-membro que preside à União.
"Queremos que todas as questões relativas ao asilo num só pacote político, mas é importante que o processo de negociação se foque em primeiro lugar nos pontos em que é mais fácil chegar a um consenso", disse Thomas de Maiziere, ministro alemão.
"Alguns exemplos são os procedimentos comuns, a definição do direito de reunificação familiar e muitos outros. Mas não podemos perder de vista um ponto importante que é princípio da redistribuição justa de refugiados", acrescentou o governante.
Até agora, a Alemanha tem sido um dos grandes defensores do sistema, criado em 2015, que nunca foi respeitado por três países: Polônia, República Checa e a Hungria, tido sido alvo de um processo no Tribunal de Justiça da União Europeia.
"É inaceitável que alguns se recusem a aceitar os refugiados. Isso é muito claro. Todos temos que partilhar de forma proporcional as responsabilidades e o fardo", disse Dimitris Avramopoulos, comissário europeu para a Migração.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, considera que o sistema de quotas é um factor de divisão entre os países, mas pede que a reforma do sistema de asilo fique concluída até junho.