As autoridades sul-africanas apontam o 'Dia Zero' para 04 de junho de 2018 , dia em que as torneiras podem ficar secas
Depois de decretado o estado de catástrofe natural na África do Sul, as autoridades fazem o que podem para adiar o que, de momento, parece inevitável, ou seja, para que as torneiras fiquem sem água.
As restrições já se fazem sentir nas escolas na Cidade do Cabo, a segunda maior do país e uma das mais afetadas pela seca.
Saras Arjunan/Euronews: “No primeiro andar desta escola há apenas uma torneira a funcionar por casa de banho. No segundo andar, nem mesmo uma."
Por aqui, poupar água mais do que um hábito é uma necessidade. “Como pode ver o solo dos campos está um pouco duro e castanho. Apesar de termos um furo para captação de água só podemos regar duas vezes por semana" refere Stephen Price, diretor da escola secundária Bergvliet.
Na Cidade do Cabo, o consumo de água por pessoa foi limitado a 50 litros por dia.
"Foi um pouco difícil fazer estes ajustes porque somos muitos estudantes nesta escola. Tivemos de encerrar algumas casas de banho, não foi fácil mas depois habituamo-nos" refere uma aluna da escola.
"Há países que têm de lidar com desastres naturais num curto espaço de tempo. Isto é algo que já sabíamos que ia acontecer há cerca de oito anos. É evidente que as pessoas não estão habituadas a isto, às mudanças climáticas devido ao aquecimento global. Penso que teria sido útil ser mais proativo" acrescenta outro aluno.
As autoridades sul-africanas estimam que em junho a água possa faltar nas torneiras se a chuva continuar, apenas, a ameaçar.