Comissão que investiga a rede de colaboradores da secreta búlgara aponta o dedo. A ensaísta e filósofa desmente qualquer envolvimento.
Julia Kristeva obrigada a responder sobre o passado. A Comissão que investiga os servições secretos da Bulgária na Era comunista aponta a ensaísta e filósofa como agente em França, na década de 70.
A ficha da secreta búlgara, divulgada pelo Nouvel Observateur, mostra informações básicas como a data de recrutamento e o nome código: Sabina.
O documento não diz que tipo de trabalho foi feito por Kristeva, sequer se houve pagamentos. A comissão declara no entanto que baseou a apreciação na análise de dois volumes de documentos do arquivo.
Kristeva chegou a França em 1965, onde ainda hoje reside. É autora de mais de 30 livros, tem colaborações regulares na comunicação social e nas academias.
Esta quinta-feira desmentiu as acusações, classificando-as de grotescas, falsas.
No passado, os serviços secretos da Bulgaria trabalhavam diretamente com o KGB soviético. Teriam uma rede de mais de 100 mil agentes e informadores espalhados por todo o mundo. Uma operação que só caiu com o muro de Berlim, em 1989.