Nações Unidas falam em "início positivo" em encontro na Suécia.
A Síria tentava, este domingo, consolidar a presença em Damasco e arredores, ao bombardear um dos últimos feudos dos jiadistas do autoproclamado Estado Islâmico ou Daesh (sigla em árabe) e com a expulsão de grupos de rebeldes de uma região a nordeste da capital.
Pelo menos cinco pessoas, entre as quais, um casal e o filho, morreram nas últimas 24 horas de bombardeios que atingiram o campo de refugiados palestiniano de Yarmuk e bairros vizinhos.
Os dados foram avançados pelo chamado Observatório Sírio dos Direitos Humanos. A Euronews não pôde verificar a exatidão das informações, citadas pela agência France Presse.
As tropas sírias bombardeiam há dias o campo de refugiados palestiniano, grande parte em mão dos jiadistas do Daesh, ainda assim o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, disse que a região permanecia sob ataque.
Entre as vítimas estava um casal e seu filho, mortos no sábado, de acordo com o OSDH, segundo o qual um homem morreu devido a seus ferimentos e outro nos bombardeios lançados neste domingo.
A nordeste de Damasco, mais de mil combatentes rebeldes e familiares foram evacuados este fim de semana da região de Qalamun oriental, graças aos acordos entre o Governo de Bashar al-Assad e os rebeldes, para consolidar o seu poder nas imediações da capital.
Depois de recuperar o controlo do enclave rebelde de Ghouta Oriental (a nordeste da capital), o Governo de Damasco quer retomar o controle de Yarmuk e de al-Hajar al-Aswad, ainda sob poder do Daesh e da al-Nousra.
Uma conferência para a Síria
Enquanto isso, reunidos no sul da Suécia, os membros do Conselho de Segurança da ONU comprometeram-se, este domingo, a aumentar os esforços para superar as divisões relativamente ao conflito sírio.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, e o enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, também participaram no encontro.
Desde o seu início, em 2011, o conflito na Síria foi tornando-se cada vez mais complexo, com a implicação de países estrangeiros, potência regionais e de grupos jiadistas.
Já morreram mais de 350 mil pessoas e milhões ficaram sem as suas casas, vivendo como deslocados no interior da Síria ou tendo migrado em busca do Estatuto de Refugiado Político no estrangeiro, nomeadamente em países europeus.