A viagem do presidente francês aos Estados Unidos servirá para testar a relação entre Emmanuel Macron e Donald Trump, que ambos dizem ser próxima.
A visita do presidente francês, Emmanuel Macron, aos Estados Unidos da América, está a ser vista com otimismo pelos gauleses, a viver naquele país.
Muito acreditam que França está a reforçar o seu poder de influência na política internacional.
O escritor francês, Marc Levy, acredita que após ter participado nos bombardeamentos conjuntos na Síria, a França assumiu a liderança no seio da União Europeia: "Penso que é positivo que França seja em um parceiro de primeira linha no relacionamento com os Estados Unidos, quase representando a União Europeia, porque a França é, provavelmente, um dos países europeus, tal como a Alemanha, que tem a mais forte consciência da importância da Europa."
A viver há quatro anos em Nova Iorque, o empresário Olivier Coste desenvolveu uma aplicação tecnológica de mensagens. O francês anseia por uma maior coordenação entre o mundo ocidental de modo a fazer face ao crescente mercado Chinês: "Eu vivo no ambiente de alta tecnologia onde os Estados Unidos são dominantes, mas a China será, em breve, um gigante. A WECHAT já está à frente do FACEBOOK, e o mercado chinês será, em breve, maior do que o dos Estados Unidos e da Europa juntos. Por isso, seria ótimo para empresas como a minha, se os Estados Unidos e a Europa pudessem coordenar melhor as suas políticas, como a privacidade da segurança nacional, as regras da concorrência... Partilhamos os mesmos valores".
A governação de Donald Trump é vista com preocupação pela comunidade francesa nos Estados Unidos. Os gauleses receiam as políticas controversas que vão sendo emitidas pela Casa Branca.
A artista, Marine Gabrielle Brun-Franzetti partilha que "desde que Trump foi eleito, as pessoas estão mais pessimistas. Para grande surpresa, elas preocupam-se com o futuro, a carreira. Para os imigrantes, como os franceses, como eu, é mais difícil pensar sobre o futuro nos Estados Unidos, porque estamos preocupados com o nosso visto e coisas assim..."
O bairro de Brooklyn tornou-se, nos últimos tempos, num polo de atração para a comunidade francesa a viver na Big Apple. Para uma mais fácil integração, anseiam por uma diminuição na burocracia.
"Penso que a prioridade para os franceses é acelerar o processo de migração, com procedimentos de vistos mais rápidos e fáceis", sublinha a guia turística do "New York Road", Laurene Hamilton.
A viagem de Emmanuel Macron aos Estados Unidos servirá para testar a relação entre os dois líderes, que ambos dizem ser próxima. No ano passado, Donald Trump foi recebido pelo presidente francês, durante as comemorações do Dia da Bastilha e segundo a Casa Branca, já contactaram 19 vezes por telefone.