Rússia põe em causa a veracidade das declarações de Yulia Skripal

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Direitos de autor REUTERS/Dylan Martinez
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De  João Paulo Godinho com LUSA/Reuters
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O caso do envenenamento ao ex-espião e à filha em Salisbury continua a criar tensão entre russos e britânicos.

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A Presidência russa afirmou hoje ter dúvidas da veracidade do testemunho de Yulia Skripal, envenenada, juntamente com o pai, com um agente neurotóxico, a 04 de março, em Inglaterra.

No testemunho, em vídeo, Yulia Skripal, de 33 anos, afirma que a recuperação tem sido “lenta e dolorosa” e que não precisa da ajuda oferecida pela embaixada da Rússia em Londres, embora pretenda regressar ao país quando estiver restabelecida.

Para as autoridades russas, a filha do ex-espião Sergey Skripal não é a autora do discurso, tendo memorizado palavras que foram escritas originalmente em inglês e depois mal traduzidas para russo.

O Kremlin admite que Yulia está sob pressão, já que os oficiais britânicos não permitem qualquer contacto com as autoridades russas. Por outro lado, nem a aparência física escapa à avaliação russa, uma vez que a imprensa defende que Yulia Skripal parece "demasiado bonita" para quem acabou de recuperar de uma tentativa de envenenamento.

"Não temos motivos para confiar e para acreditar nesta declaração de Yulia Skripal. Ainda não sabemos em que estado é que ela se encontra e não sabemos se ela fez estas declarações por sua livre vontade ou sob pressão. No geral, considerando que estamos a falar de uma provocação internacional relativamente sem precedentes contra a Rússia, nós mantemos a nossa desconfiança e temos todos as razões para a manter", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Yulia teve alta do hospital a 09 de abril e o pai a 18 de maio, desconhecendo-se o paradeiro de ambos.

Este ataque a Yulia e Sergey Skripal acabou por gerar uma grave crise diplomática entre a Rússia e o Reino Unido, mas estendeu-se à comunidade internacional. Vários países aliados dos britânicos decidiram expulsar diplomatas russos, num caso que continua a perturbar as relações entre Londres e Moscovo.

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