Decisão do Governo austríaco criticada

A decisão do governo austríaco de fechar sete mesquitas e expulsar 40 imãs do país sob o pretexto de combater o fundamentalismo islâmico não deixou ninguém indiferente. Ersoy Yasar, porta-voz do ATIB, grupo que supervisiona as mesquitas turcas na Áustria, não esconde o desacordo com a medida:
"Mesmo que as comunidades que frequentam estas mesquitas tenham cometido erros... como é que as sociedades paralelas nascem? Com políticas de exclusão. O que precisamos é de uma política de abraços na Áustria. Temos de assegurar que todos podem ser integrados"
Uma opinião que não se limita à comunidade turca, o mundo académico também duvida da eficácia da medida. Thomas Schmidinger, da Universidade de Viena não acredita que "a solução para lidar com os extremistas turcos seja a proibição" e o problema precisa de ser abordado de outra forma.
A mesquita de Antonsplatz, em Viena, é uma das que será fechada pelo governo. Mesmo a comunidade islâmica já tinha classificado esta mesquita, alegadamente de extrema-direita, de ilegal. Para a Turquia, no entanto, a medida austríaca é islamofóbica, discriminatória e racista.