Rússia vai encarar novas sanções dos EUA como "Guerra económica"

Rússia vai encarar novas sanções dos EUA como "Guerra económica"
De  Ricardo Borges de Carvalho com REUTERS/AFP
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A declaração foi feita esta sexta-feira pelo primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, depois de Washington ter deixado em aberto a possibilidade de mais "sanções draconianas" no futuro contra Moscovo. Medvedev garante ainda que a Rússia irá responder recorrendo a todos os meios.

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A Rússia vai considerar como uma declaração de guerra económica eventuais novas sanções por parte dos Estados Unidos.

Washington anunciou quinta-feira medidas económicas contra Moscovo devido ao caso do envenenamento do ex-espião russo, Sergei Skripal, no Reino Unido.

A Casa Branca deixou no entanto, em aberto, a possibilidade de uma "nova vaga de sanções draconianas" no futuro e é contra esta eventual segunda vaga de sanções que o primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev garante que o Kremlin irá reagir usando todos os meios disponíveis.

O analista político, Dmitry Oreshkin, diz que a possível guerra económica terá um forte impacto na economia russa e acrescenta: "Como dizia Gorbachov, a resposta deverá ser assimétrica, inesperada. Mas como é que a Rússia pode responder desta forma se tem uma economia mais fraca, se tem aliados como a Síria e o Irão, e é cada vez mais notória a tendência de declínio económico!"

Os mercados já começaram a antecipar o efeito das sanções norte-americanas e o rublo está em níveis mínimos dos últimos dois anos em relação ao dólar.

O analista económico Sergei Khestanov considera que a Rússia pouco pode fazer.

"Falando de contra medidas - A Rússia não consegue provocar danos significativos aos países estrangeiros que impõem sanções contra ela. A dependência desses países dos produtos russos não é forte o suficiente para Moscovo ter uma resposta capaz às sanções. Mas até certa medida, a Rússia pode atenuar o impacto das sanções na sua economia."

O ministro russo das Finanças já veio a público desvalorizar o impacto destas sanções norte-americanas e garante que, nos últimos dois anos, a economia do país tornou-se mais resiliente à pressão externa.

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