A declaração foi feita esta sexta-feira pelo primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, depois de Washington ter deixado em aberto a possibilidade de mais "sanções draconianas" no futuro contra Moscovo. Medvedev garante ainda que a Rússia irá responder recorrendo a todos os meios.
A Rússia vai considerar como uma declaração de guerra económica eventuais novas sanções por parte dos Estados Unidos.
Washington anunciou quinta-feira medidas económicas contra Moscovo devido ao caso do envenenamento do ex-espião russo, Sergei Skripal, no Reino Unido.
A Casa Branca deixou no entanto, em aberto, a possibilidade de uma "nova vaga de sanções draconianas" no futuro e é contra esta eventual segunda vaga de sanções que o primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev garante que o Kremlin irá reagir usando todos os meios disponíveis.
O analista político, Dmitry Oreshkin, diz que a possível guerra económica terá um forte impacto na economia russa e acrescenta: "Como dizia Gorbachov, a resposta deverá ser assimétrica, inesperada. Mas como é que a Rússia pode responder desta forma se tem uma economia mais fraca, se tem aliados como a Síria e o Irão, e é cada vez mais notória a tendência de declínio económico!"
Os mercados já começaram a antecipar o efeito das sanções norte-americanas e o rublo está em níveis mínimos dos últimos dois anos em relação ao dólar.
O analista económico Sergei Khestanov considera que a Rússia pouco pode fazer.
"Falando de contra medidas - A Rússia não consegue provocar danos significativos aos países estrangeiros que impõem sanções contra ela. A dependência desses países dos produtos russos não é forte o suficiente para Moscovo ter uma resposta capaz às sanções. Mas até certa medida, a Rússia pode atenuar o impacto das sanções na sua economia."
O ministro russo das Finanças já veio a público desvalorizar o impacto destas sanções norte-americanas e garante que, nos últimos dois anos, a economia do país tornou-se mais resiliente à pressão externa.